A
ORIGEM DAS IDEIAS
Uma
Derivação dos
Conceitos
A
partir de uma conversa com um grande amigo, onde carinhosamente
reclamo seu 'excessivo' pragmatismo, mecanismo intelectivo que usa
para decidir as demandas da sua vida para quase qualquer coisa, veio
o desejo de descobrir nesse texto o oposto dessa práxis
de exercitar o conhecimento e a experiência com o mundo real.
Ter uma
consciência pragmática, a princípio, não constitui algo certo ou
errado, ao menos não do ponto de vista das variantes
epistemológicas, algo tão mencionado em artigos anteriores. Quem
pode dizer que é certo ou errado ter uma experiência de vida tão
pragmatica a partir da mais insignificante questão; desde o último fio
de cabelo da cabeça às pesquisas mais avançadas das academias?
Haveria mesmo certo ou errado?
Assim
como não há certo ou errado em ver e sentir o mundo dessa maneira,
assim também as derivações das derivações das ideias podem
perfeitamente ser de igual modo, perfeitas! Dependendo, todavia, se
olho o mundo através de uma perspectiva schopenhaueriana.
Feitas essas considerações, vamos à viagem!!!
Minha alma
cria rotinas que dão corpo e cor à meus desejos. Desejos ocultos ou
claros como a luz do dia, por isso a importância platônica das
ideias. Verdade que os céticos das perspectivas ilustradas serão
intuitivamente aristotélicos, contrário ao inatismo preponderante
dos discursos de Platão, não faz mal!
As
ideias neoplatônicas parafraseadas não são para serem
acreditadas, antes, degustadas por algumas poucas mentes que trilham
por ai as marginais das grandes cidades. Para ele, Platão, e não
para mim, o
mundo que nós antes mesmo de nascer, passamos, passamos para ter as
ideias assimiladas em nossas mentes. Esse é o mundo intangível.
Esse mundo intangível do Filósofo certamente provocava cócegas de
raiva na alma do seu discípulo fiel, Aristóteles. Feito mais essas
considerações, agora de natureza pretensamente filosóficas, vamos
ao segundo plano agora mais alto.
Na
natureza fora dos sentidos, no sentido de
tradução
enquanto
atividade da alma, há uma viagem quase imaculada por universos onde
quase tudo é possível. Porque quase tudo e não tudo? Porque há
regras com relação a alguns fenômenos acordados com o corpo,
objeto quase ladainha no Organon
de Aristóteles: Substância, Tempo, Espaço e por ai em diante.
Obviamente elementos não próprios
da
alma, mas ao corpo!
Nesse
teor e nessa direção, cumpre elevar o pensamento para além Lógica.
Na Lógica, nem tudo é tão perfeitinho como aponta os sinais
encontrados na natureza das coisas, segundo quer o rigor do
pensamento:
-Todo
homem bom é ético;
-Juan e Sebastian são homens bons;
-Logo, Sebastian e Juan são éticos.
Mas...Será?
Nem
tudo que deriva da Lógica em situações complexas conciliam com o
propósito esperado! Abrindo vistas para horizontes não passíveis a razão, para a divagação da alma não há senão
ou será,
mas apenas o posso
e o quero.
Nessa perspectiva, entoa referência a ligeira conotação da ideia
consensual do entendimento comum da frase “ponto de vista” que, em
verdade, é apenas a vista de alguém a partir de algum ponto.
Acredite...há outros pontos a partir do qual é possível enxergar um ponto!
Acredite...há outros pontos a partir do qual é possível enxergar um ponto!
Que
seria de nós mortais sem o largo espaço do Ser e o Nada de Sartre?
Que seria do homem sem a abrangência do foco
que define a consciência como transcendente? Seria necessário um
reduto desgastante de informações para exercitarmos a consciência
racional. Aliás, racional
até que ponto? Sartre já anunciara algo que tornou-se até frases de
efeito: "O
importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos
fazemos do que os outros fizeram de nós”.
A arquetípica do racionalismo e do pragmatismo tem demonstrado o que
fazem de nós na sociedade moderna, ou não?
A
boa notícia é o que vem agora, e não é autoajuda, é apenas a
anunciada realidade do intangível. Mas antes, uma pergunta: o que é
a realidade? Como defini-la em essência? Há pelo menos duas
posições aceitas:
- Algo que possa ser medido, metrificado por parâmetros incontestáveis com o uso da contradição;
- Do Latim (simplificado) tudo o que existe!
Tudo
o que existe? Se essa posição é universal, abre espaço a pensar
como saber se as realidades abstratas podem realmente não
existir
para aqueles que afirmam senti-las. Afinal sentem, logo, se sentem,
existe. Cogito, ergo sum : Penso, logo existo. Algo bem ao gosto de Descartes. Algo a se pensar!!!
Feitas
as conjeturas de;
vem o que anunciara por boa notícia: A
alma, mundo das ideias de Platão, cria realidades que são próprias
da alma...
e se lá são criadas, no que conheço como “aqui e agora” só
dependo de aceitar, apropriar, aproveitar essas realidades
que ela, a alma, gentilmente traz à mim, e a traz tão bem ajustada
à minha realidade
própria. Isso é mais
que surreal, mais que metafísico, mais que emotivo. Você pode
esperar também, você também
pode
aproveitar as realidades da alma!
Então
devo
eu ficar inerte à realidade sensível das coisas tal a conheço? Deveria eu ficar
'congelado' sem fazer nada até que tudo aconteça? - Quem quer
viver a morte em vida, é viver o ócio e a inércia. Mas não é o
Ócio de Platão, esse era destorcido.
No
início parafraseamos o inatismo platônico, e enquanto derivações
desse inatismo, chegamos ao conceito da realidade criada a partir da
alma, agora, para arrematar o abstratismo e dar corpo à realidade, achamos por bem a sugestão de deixar a apropriação do entendimento da incorporação desse abstratismo à sabedoria e ao conhecimento
popular que ocorre no correr dos tempos. Mas sugerimos para agora que ter ideias é construir novos universos e riquezas; que é
importante ter ideias e deixá-las simplesmente ser; que é
importante deixá-las
criarem corpo e existir. Sugerimos
que ideias
provoca mudanças! Até mesmo o mundo corporativo comunga parte disso
dando generosa ênfase a importância da ideia
para o desenvolvimento de gente e da empresa.
Ter
uma ideia e não prendê-la eleva o espírito, sara pessoas, faz o
homem rico, cria soluções científicas, instiga o firmamento Lógico
do tempo e do espaço. Isso é permitir a alma criar conteúdo para a
ideia e materializá-la para a razão. É aqui, e
simplesmente aqui
nessa esfera, que a maioria de nós a conhecemos. Ao se chegar a esse
ponto
costuma-se dizer: Puxa,
que coisa, vejam todos, essa ideia tem mesmo sentido, e ela pode ser
mensurada e provada. Nossa, essa ideia é mesmo uma revolução!
Ao leitor, deixe a ideia voar e ir!
*Ah,
é preciso dizer que a derivação dos discursos originais é tão
imensa, que faz apenas referência quase invisível à conversa dos
Mestres Platão e Aristóteles.
Um Afetuoso
Abraço,
Wilson Barbosa
-Filósofo Clínico
-Esp. em Tecnologias na Educação
-Técnico em Assuntos Educacionais
Pró-Reitoria de Ensino
-Técnico em Assuntos Educacionais
Pró-Reitoria de Ensino
EAD - Educação a Distância
IFTO - Instituto Federal do Tocantins - Palmas
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