segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Por Wilson Alves

UMA CONVERSA SOBRE INCLUSÃO

Por Wilson Alves, Filósofo Clínico, Especialista em Tecnologias na Educação, Pesquisador e Professor Formador do NTE- Núcleo de Tecnologias Educacional de Anápolis-GO.

Se buscarmos na literatura, vamos facilmente perceber que para os Franceses Iluministas, o homem seria e é, uma Tábula Rasa ao nascer. Isso tem implicações profundas para a construção de uma análise que, por natureza, é dilemática: A Síndrome de Down e o Processo Epistemológico da criança, mais especificamente no que concerne ao Ensino e Aprendizagem.
A partir do momento em que seja verdadeira a premissa que uma criança nasça Tábula Rasa, infere que essa criança nasce com zero de conhecimentos; vazio no saber. Dessa forma, somente em um amplo processo mental de construção contígua, onde a pessoa matematiza dados, estabelece relações complexas entre objetos sensoriais e abstratos, é que se consegue compreender e apreender conhecimentos, tornando-o, dessa forma, intrínseco em si e para si .
Se os estudos do ilustre Filósofo John Locke, especialmente os dedicados à sua obra Ensaio acerca do Entendimento Humano (1960) fossem concludentes acerca do problema, por mais que a neurociência, a psiquiatria e as psicologias da educação se desenvolvessem, dificilmente conseguiriam grandes êxitos sobre os estudos do aprendizado do sujeito cognoscente, nesse caso, estudos que corroborem para o aprendizado da criança portadora de Down. Em geral, os estudos científicos seriam, invariavelmente, precários.
Essa breve introdução tem como objetivo defender um postulado largamente discutido pelas ciências médicas e pelos profissionais correlatos. As atividades do SNC (Sistema Nervoso Central) podem e devem ser estimuladas após o nascimento do bebê. O homem definitivamente não é Tábula Rasa, como gostaria Lock. Entende-se com isso, que para crianças acometidas de Down, o primeiro apoio psicopedagógico não deve ser iniciado na escola, mas na família. O Estímulo Sensorial, por si somente, garantirá o desenvolvimento da criança pré-escolar n'uma situação mais amena, haja vista as limitações naturais de quem é portador da Síndrome de Down. A afirmação de que o homem não é Tábula Rasa não vêm nesse artigo acompanhado de referências bibliográficas dado o fato de que é algo absolutamente superado nos estudos modernos por incontáveis especialistas, inclusive, por especialistas contemporâneos.
O problema é que por mais que a teoria de Lock seja ultrapassada nos dias atuais, grande parte do ocidente (incluindo o Brasil) respalda muito da sua política educacional nos postulados do filósofo, com breve passagem em Rousseau – especialmente sob a sua teoria do Bom Selvagem. Não nos iludamos, essa política educacional, especificamente nesse formato, é uma questão POLÍTICA!
Precisamente quanto ao ponto central do artigo, e considerando então uma criança que nasça com a Síndrome de Down, essa criança trará consigo referências intra-uterino que precisam ser estimuladas pelos pais. Essa estimulação não restringe apenas em aspectos relacionados à reflexão, ao sensorial, propriamente dito, mas também a aspectos abstratos. Um exemplo de estimulação abstrata é a promoção de um ambiente de paz, serenidade e afeto. Essas iniciativas fornecem à criança com Down maiores possibilidades para o seu desenvolvimento interacional com o mundo e com as coisas. Assim, ao chegar à idade escolar, fundamentalmente necessitará de um acompanhamento especial. Seu aprendizado, em matéria de tempo, não ocorrerá na mesma velocidade dos alunos entendidos por “normais”. Diante do contexto, surge uma questão eminentemente filosófica: Qual é o fim último da educação? Não queremos ater-nos nos méritos filosóficos da questão e não debateremos as possibilidades de respostas, mas acrescentamos uma Premissa Menor anterior à questão: ao se iniciar um trabalho pedagógico com uma criança portadora da Síndrome de Down, mais do que “descarregar conteúdo” importa oportunizar um ambiente que ela possa construir a sua própria identidade!
Com um mínimo de decência e reflexão, há de se ver que o princípio de formar o indivíduo que compreenda o processo por meio de um trabalho de mediação que contribua para a construção dos seus valores; para o direcionamento educativo que priorize a tolerância e a solidariedade social, transcende (ou deveria transcender), os objetivos preconizados pelas sociedades capitalistas, a saber, uma preparação pedagógica que vislumbra uma formação exclusiva para a competitividade do mercado do trabalho. Formar o aluno para o meio, para o mercado de trabalho, é oferecer uma formação parcial, segmentada, não atingindo o fim desejado – o de oferecer elementos cujos resultados eleve a criança e o adolescente como pessoa, como gente.

Notadamente, no caso específico de crianças com Down, sabemos, inclusive com o apoio de larga bibliografia publicada, bem como através de artigos correlatos, que o deficit de atenção tende a ser maior. Nesse caso, o interesse sob determinado conteúdo pedagógico ou não, pode ter curta duração, tornando fundamental manter sempre uma variedade enorme de situações que possam promover o aprendizado, e ainda, por parte dos professores, é fundamental que haja uma paciência quase sobre-humana para lidar com o fator Tempo. Enfim, é necessário uma dedicação especial a essa criança. Portanto, nesse contexto, chega o momento X: o momento da Inclusão. Equivocadamente, muitos professores cuidam do tema negligenciando alguns aspectos. Várias limitações, expressamente as apontadas no DSM IV (Manual Internacional de Doenças Mentais), em muitos casos, em se tratando de inclusão escolar para com essas crianças, não objetiva necessariamente a sua inclusão nas salas de aulas “comuns”. A inclusão nas salas comuns é o objetivo geral, porém, não o é, em muitos casos, o específico. A Síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21*1, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três. Mas essas crianças, considerando as suas limitações, conseguem, com o esforço da escola e da família, permanecer nas salas de aulas normais. O que determinará todo o processo é o afã do professor em descobrir opções e formas de ensino que encontre quietude e pouso no universo singular dessa criança.
SUGESTÕES DE INTERAÇÃO COM A CRIANÇA PORTADORA DA SÍNDROME DE DOWN
  • EM MOMENTOS DE EXALTAÇÃO, INQUIETAÇÃO, FADIGA, O QUE FAZER?
Procure, via Intencionalidade Dirigida ( conversar com a criança dirigindo a conversa por meio de assuntos do seu interesse), levá-la às idéias complexas, às abstrações. Ex: Pedrinho, esse seu carrinho azul, não faz a gente lembrar do azul do céu? Você já brincou com as nuvens, imaginando carrinhos, bichos, pessoa andando pelas estradas e montanhas formadas em desenhos nas nuvens? Olhe para o céu e crie as montanhas, carros, bichos e estradas nas nuvens. Observe que com uma simples conversa imaginativa como essa, temos a oportunidade de deslocar a atenção da criança do aspecto somático, do aqui e do agora, e levá-la para um ambiente que tende a transmitir paz, calma e sossego (se isso for assim para a criança, caso contrário, não surtirá efeito).
  • QUANDO DO CONTRÁRIO, EM MOMENTOS DE DESATENÇÃO, QUANDO A CRIANÇA ESTÁ EM PROFUNDA ABSTRAÇÃO (VIAJANDO NO PENSAMENTO), O QUE FAZER?
Uma sugestão é fazer o caminho oposto da ilustração acima, ao invés de levá-la a derivações de derivações, onde provavelmente ela se perderia ainda mais no seu universo singular, fugindo completamente dos objetivos pedagógicos, o ideal é que o professor a traga de volta. Isso pode ser feito com ações muito simples. Vejamos um exemplo que caracteriza o fato: Luizinho, o que você sente quando eu toco aqui em você” (o professor escolhe uma área qualquer, por exemplo, num ponto fixo do antebraço, pressiona suavemente e pergunta se ele sente dor, cócegas, calor, etc). Ao fazer isso, o que estamos fazendo? - Conduzindo-o ao Dado Sensorial, fazendo com que sua atenção novamente se fixe em algo concreto, imediato, quebrando, nesse instante, os vínculos com as derivações.
  • SEU DEFICIT DE APRENDIZAGEM O IMPEDE DE APRENDER VIA MEMORIZAÇÃO. O QUE FAZER?
Uma proposta seria promover ações que não transcorram pelo Raciocínio Lógico puramente, mas que seja vinculado ao Raciocínio Lógico-Dedutivo. Dessa forma, o professor pode testar atividades que contenham a possibilidade de trabalho com E-R (Estímulo-Resposta). Um pálido exemplo são os trabalhos executados nos laboratórios de física. Com o dado empírico, provavelmente aumentam as chances de efetivar o aprendizado, desde que esse aprendizado faça sentido à criança, ainda que indiretamente ou momentaneamente. Poderíamos perguntar: Mas de que adianta um aprendizado momentâneo? - Adianta para, a partir dele, incluir outros recursos e metodologias a fim de alcançar e sedimentar o conhecimento não momentâneo.
Todos esses fatores, exemplos e circunstâncias, podem, quando desejado, serem transcritos e adaptados, inclusive, ao uso de softwares pedagógicos próprios à crianças com necessidades especiais. Hoje, há no mercado infinidade de opções. Cabe ao professor, cientificar-se da melhor opção para cada caso; ter desprendimento para tentar de novo; ter paciência para começar do zero. Ser sempre que necessário, um farol pertinho quando preciso, e um farol distante quando preciso.
Sugestão de Sites, Vídeos, e Recursos que Podem Colaborar no Ensino-Aprendizagem para a Criança com Síndrome de Down
1http://www.ufv.br/dbg/BIO240/DC07.htm

Wilson Barbosa


- Filósofo Clínico 
- Especialista em Tecnologias na Educação



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Por Wilson Alves

FERRAMENTAS DO COMPUTADOR COMO MEDIÁTICOS PEDAGÓGICOS


Pensar nos aplicativos do computador como instrumentos pedagógicos requer certo desprendimento crítico por parte da instituição escolar. Não importa enchermos o laboratório de informática com dez, vinte ou trinta alunos quando não temos claramente definidos os fins. Persuadi-los de que precisam estar abertos a experiências tecnológicas não é o suficiente, como também não é suficiente entender um editor de texto ou uma rede de informações hiperligadas na web senão temos um constante crítico e reflexivo sobre essas ações.
Na era das enciclopédias de papel o aluno, “guiado” pelo professor executava a tarefa de pesquisas com o intuito de desvendar determinada temática. Nesse caso, esse aluno já transitava por hiperlinks em função da adjetividade das palavras pesquisadas, isso implica que não é algo absolutamente inédito ter às mãos uma gama de informações áridas e soltas, ainda que essas palavras tivessem sentido semântico justificáveis. No caso dos textos conexos que a internet oferece, facilita esse processo dado a sua velocidade e dimensão. Porém, na mesma medida que oferece largas dimensões, maiores também são as chances de nos perdermos em textos difusos dos objetivos propostos. A questão é: de que importa tudo isso quando o professor não disponibiliza um planejamento longitudinal para que o aprendiz estabeleça conexões lógicas e abstratas sobre o assunto tratado? Ora, a educação que se espera para o século XXI consiste num processo de formação que garanta competências que vão além da simples pesquisa. Mais do que conhecer os recursos wikipedianos, é necessário pensar o quê se lê; formar uma consciência de mundo. Não restam dúvidas de que o processo é facilitado por meio dos recursos disponíveis no computador, mas não mudará os velhos paradigmas se o professor não mudar os elos de simples memorização a despeito do que outros pensaram ou disseram. A competência que se espera com o auxílio do computador é que este diminua o trabalho secundário de manusear textos, para que dessa forma se tenha mais tempo de mobilizar recursos cognitivos para criar alternativas de resoluções de situações-problemas.
Olhando o contexto por uma ótica diferente, é afirmar que o principal objetivo do professor ao trabalhar com os seus alunos no laboratório não é ensinar-lhes manusear os recursos dos programas. Isso os próprios programas já o fazem. Ademais, num breve futuro farão ainda mais, como por exemplo, traduções em tempo real nos sites de relacionamento e programas de conversação, uma das poucas fronteiras com limites internacionais. O que programas de informática nunca farão é pensar criticamente e decidir pela pessoa. É aí que está a grande oportunidade de desenvolvimento epistemológico do educando que pode e deve ser tratado, cuidado, intermediado pelo professor, ainda que seja simplesmente em um único ponto de vista, lembrando que um ponto de vista é apenas a vista de alguém do ponto onde esse alguém se encontra, nesse caso, o professor. Quando a escola é voltada para uma pedagogia de formação contínua, tende a entender as tecnologias como adequada para essa visão formativa porque passa a idéia de modernidade e atualidade; de constância e assimetria na aquisição dos saberes. E de fato o é, mas uma formação contínua, entre outras coisas, não restringe apenas em equipar escolas com internet de alta velocidade. Internet na educação é, antes de tudo, requisito para que no oceano de suas possibilidades, ambientes de discussões onde ética e valores, sejam promovidas; lugar que por possibilidades de interação, vá além dos muros da escola; lugar onde o espírito de solidariedade e companheirismo se estabeleça. Há no Brasil uma lacuna muito grande a ser preenchida no que diz respeito à reflexões acerca dos conteúdos programáticos para a educação básica que imprima uma personalização e que corresponda às necessidades precípuas de cada unidade escolar. Numa perspectiva vertical, é imposta a necessidade de sequências curriculares cuja história tem demonstrado que currículo escolar embasado em sequências curriculares nem sempre seguem na mesma direção das necessidades que a vida impõe: Imposições do mundo do trabalho; imposições de equilíbrio na afetividade; imposições por vezes abrupta, como por exemplo, o aprendizado que temos que ter para lidar com as perdas, com os limites do amor e, sobretudo, com os valores que regulam as relações sociais.
Enfim, espera-se que das ferramentas do computador das quais a escola dispõe, não convertam em pressupostos inconscientes (ou conscientes) para fazer de novo, o velho; Que não sirvam de meio maniqueísta para verter absolutismos que sufocam a capacidade de fruição de competências do e no aluno. O professor em meio a toda essa negociação entre tecnologias e didática não deve se sentir inerte e espectro dos saberes, ao contrário, é ele o grande provedor da sinergia que pode ser criada sob as bases da World Wide Web, relacionando e regulando situações de aprendizado.
Lembre-se professor, você pode estar em um laboratório de informática e não ser PHD em telemática (algumas organizações usam essa nomenclatura) pode ainda, não ser exímio como os seus alunos em uso do Blog e do Twitter, mas você é mestre em associar um mero substantivo feminino tal como “casa” à família, lar e paz. Não especificamente em uma ordem do estudo das mudanças ou translações sofridas no tempo e no espaço pela significação semasiológica das palavras, mas numa ordem existencial e de significado singular às ansiedades do seu aluno.



Wilson Barbosa


- Filósofo Clínico 
- Especialista em Tecnologias na Educação

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Por Wilson Alves

Uma Conversa Sobre Fatos da Escola

Quando pensamos em Tecnologias na Educação, facilmente surge tácita tendência em incorrermos a um pensamento caracterizado predominantemente por ideais do tecnicismo. Isto é, a uma idéia de uso, apropriação e inclinação por parte do educando, da utilização das tecnologias para o seu uso e aprendizado exclusivamente pragmático no sentido estrito do termo, o que é verdadeiro, mas incompleto.
Refletir nas tecnologias educacionais implica em um movimento intelectual que transcende o caráter eminentemente manual dos anos 70 que marcou a educação brasileira. Importa também agregarmos à reflexão elementos contemporâneos, a saber, o aspecto da interdisciplinaridade e da solidariedade humana, a reflexão sóbria sob o conhecimento, a vivência prática do saber ser e do saber fazer. Em suma, sutilmente posiciona o aluno para a construção contígua com o outro. Traz ao educando a oportunidade da vivência do trabalho em equipe e a oportunidade de explorar a sua criatividade, o que é implicitamente aludido pela LDB 9394/1996 em todo o seu texto, com menção clara nos seus Art.2º e 35 II.
A educação não deve ser vista como um mero instrumento particionado, onde as disciplinas não encontram identidades recíprocas e intencionalidades comuns no aspecto sinergético que a sustenta. Quando os nossos jovens saem da escola e seguem em direção ao mundo do trabalho, é esperado desses estudantes que possuam uma íntima visão pró-ativa do mundo; uma visão crítica do meio social e do mercado produtivo e, por conseqüência, que incorporem em seu aprendizado um perfil que contemple flexibilidade profissional para adaptarem-se ao novo, ao inesperado e, numa perspectiva platônica, ao belo. Espera-se que tenham desenvolvido na escola uma capacidade de tomar decisões, balizadas em seus conhecimentos, em sua experiência escolar e extra-escolar, na altura e limites desejáveis e proporcionais às responsabilidades que lhe são próprias, considerando, portanto, idade apropriada e um equivalente grau de maturidade.
Talvez o leitor se pergunte por que essa temática encadeia o centro desse artigo. A razão é simples: cabe ao educador a responsabilidade de equalizar as bases do conhecimento a ser transmitido, compartilhado, mediado junto a seu aluno. Nesse teor, enquanto sujeitos em busca do saber, o professor precisa compreender as tecnologias como uma aliada importantíssima para a consolidação da interdisciplinaridade. D’outro modo, se vermos que o computador enquanto exemplo de uma tecnologia, entre tantas outras, não coaduna com uma pedagogia para Matemática, para a Física, para a Filosofia ou para a Língua Portuguesa ou outra disciplina qualquer, ou ainda, que o computador não possui a capacidade de ser instrumento para interação de
nenhuma forma para com o processo de ensino e aprendizagem, não seria exagero vislumbrar que viveremos um retrocesso à educação livresca, tautológica e reprodutivista – o que não comporta mais a um país como o Brasil tão ajustado às expectativas internacionais globalizadas. Logo, cumpre aos professores desprenderem-se de “padrões” que eventualmente os amarram e lançarem-se então a projetos de sucesso, de conquistas e descobertas. Nesse ínterim é sugerida uma tentativa de experenciar o uso das tecnologias para o processo educativo. Esse universo tecnológico é muito bonito de se viver, descobrir e utilizar. Através das possibilidades com as tecnologias, mundos outrora aparentemente prosaicos, ambíguos, contraditório às expectativas do século XXI se encontram e se ajustam. Na educação, o Ensino Religioso desenvolverá projetos interdisciplinares com a Biologia explicando reciprocamente sobre a Alma e o corpo. A Biologia, por sua vez, conversará longamente com a Língua Portuguesa que, por sua natureza hermenêutica, convidará a Matemática para um “cafezinho racional” bem ao gosto do mundo das exatas. A Sociologia chamará a Arte para profundas investigações a respeito dos mistérios da natureza, da Estética e das relações de Causa x Efeito no universo. Por fim, a Escola promoverá um diálogo interessante com a comunidade, com os pais, com os Amigos da Escola. Todos esses atores sociais envolvidos, o que deve ser permanente objeto de desejo e de trabalho da Instituição Escolar, culminará em direito e em fato com os propósitos da Constituição da República Federativa do Brasil que assegura a democracia ao país, bem como dará profundo sentido à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica, no que importa à construção da cidadania e dos direitos básicos à pessoa humana.
Professores, dinamizadores, gestores e comunidade escolar como um todo, o NTE - Núcleo de Tecnologia Educacional, idealizado e criado para colaborar na fundamentação desses princípios, mediado pelas tecnologias, no segundo semestre de 2009 continua com as suas portas abertas para trabalhar no processo de formação, capacitação tecnológica e acompanhamento escolar. Esperamos ao longo desse semestre a presença da sua escola em nossas oficinas e cursos. Esse é o nosso trabalho, essa é a nossa vocação.
Um bom retorno a todos os profissionais da educação básica e um forte abraço do NTE de Anápolis-GO.

Wilson Barbosa.
Professor Formador
Web Analytics