quarta-feira, 23 de abril de 2008

Por Wilson Alves

Uma Reflexão para o Professor

Ao trabalharmos com o aluno na sala de aula, devemos estar cientes sempre de que haverá perguntas, questionamentos que definitivamente não teremos respostas. Isso pode acontecer por uma razão muito simples: Não temos resposta para tudo!
Talvez seja para nós professores fácil de compreender isso em tese, mas quando voltamos o olhar à prática, sabemos que as coisas não são tão simples assim. Não raro, vemos professores com dificuldade de abordar determinados assuntos por conta de falta de intimidade com a temática. Um corriqueiro exemplo encontra-se nos famosos “Temas Transversais” que deveria ser responsabilidade de todos os educadores, mas por muitas vezes, pára nas mãos de alguns poucos que se esforçam para fazerem o melhor que podem dentro dos seus limites.
Em se tratando de uso das Tecnologias nas escolas, encontramos situações semelhantes. É fácil encontrar professores que levam os seus alunos ao laboratório e/ou ao uso de outras tecnologias, o difícil é ver diversidade de professores que fazem isso. Ou seja, parece haver dois grupos: o primeiro que ama as tecnologias como ferramenta pedagógica aliada do professor, o segundo que as odeiam. O fato é que as tecnologias como instrumento pedagógico para alguns professores, parece ser a “11ª maravilha do mundo” enquanto que para outros parece ser o início do armagedom.
As expectativas nos levam a buscar na “novidade” aspectos que nos interessam ou por outro lado, nos causa temor. Encontramos professores envolvidos pela ansiedade que vêm de si mesmas aliadas as dos alunos.
Não se trata de certo ou errado na primeira ou na segunda perspectiva sobre a questão. Trata-se antes, de uma leitura genuína de cada pessoa, segundo a sua visão de educação, de vida, de mundo, que por sua vez é merecedora de todo o nosso respeito. Todavia, é importante salientar que o indivíduo está em devir sempre; está em constante alteração de suas perspectivas sobre as situações que se nos apresentam. Somente a experimentação de qualquer prática pedagógica diferente é capaz de produzir novos olhares sobre o mesmo alvo. A partir do momento que o professor se posiciona como também aprendiz ele passa a crescer como profissional e re-descobrir as alegrias de ensinar e de aprender, construindo novos métodos e novas práticas pedagógicas capazes de modificar todo o cenário cultural.
O Núcleo de Tecnologia de Anápolis deixa abertas as suas portas para auxiliar a todos os colegas professores no que lhes parece novo pedagogicamente e que por hábito lhes será comum e íntimo ao interagir: As tecnologias no contexto educacional.

Wilson Barbosa


- Filósofo Clínico 
- Especialista em Tecnologias na Educação
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